domingo, 19 de setembro de 2010

Classificação para o envelhecimento cutâneo

Toda tentativa de se criar um sistema de classificação não é perfeita. Algumas pessoas podem se enquadrar em apenas um nível ou em dois níveis do sistema. Melhor guiar-se pelo bom senso e experiência.


Este sistema foi desenvolvido pelo Dr. Richard Glogau para possibilitar a quantificação objetiva do nível de dermato-heliose, hoje este sistema é pouco usado. Classificação de Glogau: avaliação do fotodano

TIPO I (leve) Ausência de rugas, poucas alterações pigmentares, ausência de lesões queratósicas. 20 – 30 anos

TIPO II (moderado) Rugas dinâmicas, lentigos senis iniciais, queratoses palpáveis (não visíveis). 30 – 40 anos.

TIPO III ( avançado) Rugas estáticas, melanoses e telangiectasias, queratoses visíveis. Acima de 50 anos.

TIPO IV ( severo) Somente rugas, coloração amarelo-acinzentada, pode ter lesões malignas, pele actínica. Acima de 60 anos.

Os profissionais atuais preferem o sistema de classificação que divide a dermato-heliose em três níveis:

- Nível 1: alterações na pigmentação e textura da epiderme. Presença de efélides, lentigos e textura cutânea áspera, grosseira, decorrente do aumento da espessura do estrato córneo.

- Nível 2: alterações na epiderme e derme papilar, relacionados a pigmentação anormal. As alterações texturais e pigmentares são mais acentuadas que no nível 1. Presença de ceratose actínica, ceratose seborreica, lentigo, rugas na região infra-orbitária e na região lateral ao sulco naso-labial.

- Nível 3: alterações na epiderme, derme papilar e reticular. Apresenta alterações dos níveis anteriores com acentuado enrugamento, associado a uma pele espessada, com textura e aparência de couro, com coloração amarelada. Algumas peles apresentam textura granular e comedões abertos e dispersos (comedão senil).

RUGAS

1. Rugas finas ou ondulações: devem-se ao adelgaçamento da epiderme e da derme papilar, criando um tipo de tecido parecido com papel de cigarro que se dobra com facilidade. Essas linhas costumam aparecer como rugas entrecortadas.

2. Rugas dinâmicas: também chamadas rugas de expressão, são provocadas pela contração muscular da mímica facial, que leva, ao longo do tempo à formação de vincos na pele.

3. Rugas estáticas: são as permanecem visíveis mesmo quando a expressão facial está relaxada, como a ruga do “bigode chinês”, por exemplo.

4. Rugas sanfonadas: causadas pela pele frouxa excedente com atrofia da epiderme, da derme e do tecido subcutâneo, bem como perda da elasticidade.

5. Rugas gravitacionais ou pregas: causadas pela queda da pele (ptose tissular) e dos músculos (ptose muscular) adjacentes, pela ação da gravidade.

Principais rugas da face: frontais (da testa); da glabela (entre as sobrancelhas); pés de galinha (orbicular dos olhos); rugas da pálpebra inferior; bigode chinês (sulco naso-labial ou nasogeniano); código de barras (orbicular da boca); linha de marionete (continuação do bigode chinês quando se prolonga para baixo em direção ao mento).

Abaixo músculos faciais com as linhas que se formam pela contração constante:



Figura: Netter, Frank H. Atlas de anatomia humana

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